Qual é o Homem que não
tem hoje duas mulheres?
Sou pessoa de respeito
Quero ser respeitado
Não me podem pôr defeito
Por outra estar apaixonado
Minha esposa tanto me ama
Disso me tem dado prova
Eu já deitei na minha cama
A minha amada mais nova
Á mais nova lhe dou dinheiro
Compro-lhe o melhor vestido
Para mim está sempre primeiro
Dela não tiro o sentido
Faço a minha obrigação
Amo a minha esposa querida
Mas a outra é a minha paixão
Por ela dou a minha vida
Dois amores dois desejos
Minha vida duas amantes
Á mulher lhe dou beijos
E á mais nova dou brilhantes
Dou-lhe tudo o que ela quer
No corpo dela tudo brilha
A mais velha é minha mulher
E a mais nova é minha filha
Autor Jaime S. Guerreiro
8/12/2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
O BOCAGE

Comprou um corte de fazenda
Do tecido mais barato
Esperou pela ultima moda
Para mandar fazer o fato.
Andou com a peça ás costas
Para toda a gente ver
Até faziam apostas
Que o fato não se iria fazer
Entrou em varias reuniões
Sobre o fato houve debate
Arranjou sempre soluções
Por não haver alfaiate
Setubal era a terra dele
Toda a gente o adorava
Todos se riam com ele
Das piadas que ele contava
Os anos foram passando
Com o fato por fazer
Sempre com a peça ás costa
Esperou pela ultima moda, até morrer.
Autor Jaime S. Guerreiro 14/11/2010
Do tecido mais barato
Esperou pela ultima moda
Para mandar fazer o fato.
Andou com a peça ás costas
Para toda a gente ver
Até faziam apostas
Que o fato não se iria fazer
Entrou em varias reuniões
Sobre o fato houve debate
Arranjou sempre soluções
Por não haver alfaiate
Setubal era a terra dele
Toda a gente o adorava
Todos se riam com ele
Das piadas que ele contava
Os anos foram passando
Com o fato por fazer
Sempre com a peça ás costa
Esperou pela ultima moda, até morrer.
Autor Jaime S. Guerreiro 14/11/2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A Solidão
Sinto-me tão sizinha
Sem ter uma companhia
Nem tenho uma vezinha
Perdi toda a minha alegria
Perdi meu pai e minha mãe
Perdi minha irmã e irmão
Eu já não tenho ninguem
Vivo na solidão
Já tenho oitenta anos
É o tempo que já vivi
Os anos foram passando
Mas o tempo eu nunca vi
Muita coisa por mim passou
Tristezas e alegrias
Mesmo assim como sou
Ainda gosto de fulias
Só o amor da minha vida
Sabia aquilo que eu sou
Hoje sinto-me perdida
Esse amor Deus mo levou
Tudo isto foi passando
É o destino da natureza
Hoje vivo pensando
Na solidão e na tristeza
Autor Jaime S. Guerreiro
1/11/2010
Sem ter uma companhia
Nem tenho uma vezinha
Perdi toda a minha alegria
Perdi meu pai e minha mãe
Perdi minha irmã e irmão
Eu já não tenho ninguem
Vivo na solidão
Já tenho oitenta anos
É o tempo que já vivi
Os anos foram passando
Mas o tempo eu nunca vi
Muita coisa por mim passou
Tristezas e alegrias
Mesmo assim como sou
Ainda gosto de fulias
Só o amor da minha vida
Sabia aquilo que eu sou
Hoje sinto-me perdida
Esse amor Deus mo levou
Tudo isto foi passando
É o destino da natureza
Hoje vivo pensando
Na solidão e na tristeza
Autor Jaime S. Guerreiro
1/11/2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Desgarrada Saloia

Lavadeira de Caneças e o Saloio da Malveira
Já há muito tempo que se olhavam, sempre na mira um do outro, mas sempre com vergonha, um dia encontraram-se e lá vai disto, começaram na desgarrada, que acabou em casamento,
Ela
Venho agora da ribeira
É o meu tanque preferido
Por ser sempre lavadeira
Ainda não arranjei marido
Ele
Ó minha carinha marota
Ouça lá o que lhe digo
Se não quer lavar mais ropa
Você pode casar comigo
Ela
Ó seu saloio baboso
Não tenha ilusão
O senhor é tão idoso
Já não tem comichão
Ele
Mesmo com oitenta anos
Case comigo minha querida
Eu não lhe causo danos
Ainda tenho muita vida
Ela
Casar consigo era bom
Só se for pelas notas
Digo-lhe em bom tom
Já não pode com as botas
Ele
Ó menina tenha piedade
A aparência não diz nada
Mesmo com a minha idade
Você pode ficar cansada
Ela
É uma fartada de rir
Eu sou uma moça nova
Nem para a cama podes subir
Estás com os pés para acova
Ele
Casa comigo amorzinho
Faz a minha felicidade
Dá-me amor e carinho
Já pósso morrer á vontade
Ela
Ó amor tu és um santo
Eu até não tenho inveja
Dás-me as contas do banco
Podemos ir já á Igreja
Ele
Dou-te tudo o que tu quiseres
Promete casar comigo
Se falhar o que tu queres
Posso pedir a um amigo
Ela
Isso aí é um perigo
Também um grande sarilho
Mesmo assim caso contigo
Se ainda me deres um filho
Ele
Tratamos do casamento
E não fugimos á letra
Ainda te dou um rebento
Nem que seja proveta
Ela
Agora somos casados
Como vez não houve enganos
Ficaram todos admirados
De sermos felizes muitoa anos
Ela e ele
É a lavadeira de Caneças
É o Saloio da Malveira
Fizeram as suas promessas
Para a sua vida inteira.
Autor Jaime S. Guerreiro
24/10/2010
CHICO SALOIO
Sou o Saloio da Malveira
Com uma grande bebedeira
Gosto da pinga boa
Ás vezes bebo uns baldes
Aqui nos arrabaldes
Da Cidade de Lisboa
Eu ando sempre á rasca
Á procura duma tasca
Vagueando sempre sózinho
Entrei na tasca do Zé
Eu pedi-lhe água-pé
Ele disse que só tinha vinho
Só para me experimentar
Deu-me uma garrafa a provar
Para ver o que eu fazia
Eu a garrafa provei
Aconteceu não sei quê
A garrafa ficou vazia
Eu fui bem enganado
Quando fui convidado
Para a castanha e água-pé
Diziam que era fraquinha
Eu só bebi uma pinguinha
E já não me seguro em pé
Deram-me mais um penalto
Eu logo caí no asfalto
Espalhei-me no meio da rua
Eu rasguei a farrapela
Com uma grande piela
Mais parecia uma perua
Autor Jaime S.Guerreiro
24/10/2010
Com uma grande bebedeira
Gosto da pinga boa
Ás vezes bebo uns baldes
Aqui nos arrabaldes
Da Cidade de Lisboa
Eu ando sempre á rasca
Á procura duma tasca
Vagueando sempre sózinho
Entrei na tasca do Zé
Eu pedi-lhe água-pé
Ele disse que só tinha vinho
Só para me experimentar
Deu-me uma garrafa a provar
Para ver o que eu fazia
Eu a garrafa provei
Aconteceu não sei quê
A garrafa ficou vazia
Eu fui bem enganado
Quando fui convidado
Para a castanha e água-pé
Diziam que era fraquinha
Eu só bebi uma pinguinha
E já não me seguro em pé
Deram-me mais um penalto
Eu logo caí no asfalto
Espalhei-me no meio da rua
Eu rasguei a farrapela
Com uma grande piela
Mais parecia uma perua
Autor Jaime S.Guerreiro
24/10/2010
domingo, 3 de outubro de 2010
Já sei o que é o fado
Entrei num grande salão
Com xailes dependurados
Com violas e guitarras
Era uma casa de fados
Quiz saber o que era o fado
Perguntei a um amigo
São cantigas são poemas
Tudo isso faz sentido
Juntam-se palavras iguais
Até fazer a versão
E com palvras reais
Assim se fáz a canção
Apenas com alguns versos
E com palavras bizarras
E com fadistas diversos
Ao toque das guitarras
O som da viola levanta
Com a guitarra a trinar
E com boa voz na garganta
O fado pode-se cantar
Obrigado meu amigo
Meu amigo obrigado
Jamais ficarei esquecido
Já sei o que é o fado.
Autor Jaime S. Guerreiro
15/5/08
Com xailes dependurados
Com violas e guitarras
Era uma casa de fados
Quiz saber o que era o fado
Perguntei a um amigo
São cantigas são poemas
Tudo isso faz sentido
Juntam-se palavras iguais
Até fazer a versão
E com palvras reais
Assim se fáz a canção
Apenas com alguns versos
E com palavras bizarras
E com fadistas diversos
Ao toque das guitarras
O som da viola levanta
Com a guitarra a trinar
E com boa voz na garganta
O fado pode-se cantar
Obrigado meu amigo
Meu amigo obrigado
Jamais ficarei esquecido
Já sei o que é o fado.
Autor Jaime S. Guerreiro
15/5/08
domingo, 25 de julho de 2010
A crise
A crise está espalhada
Pela Europa inteira
A uns não deixa nada
A outros limpa-lhe a carteira
Na crise não há igualdade
Com os impostos aumentando
O pobre com dificuldade
Com ou sem crise vai pagando
Ó crise tu és o terrôr
Ao pobre tiras o comer
Pões os ricos em pavôr
Pões o Mundo a tremer
Há que diga que a crise é má
Não podem tanto amealhar
A crise ao pobre não dá
Posses para poder ganhar
Temos os mesmos desgostos
Isto cada vez está pior
Se não fugissem aos impostos
O País estaria melhor
Eu com a crise me empenho
Só me tem dado prejuizo
Com a idade que eu tenho
Já não tenho o que é preciso.
Autor Jaime S: Guerreiro
18/7/2010
Pela Europa inteira
A uns não deixa nada
A outros limpa-lhe a carteira
Na crise não há igualdade
Com os impostos aumentando
O pobre com dificuldade
Com ou sem crise vai pagando
Ó crise tu és o terrôr
Ao pobre tiras o comer
Pões os ricos em pavôr
Pões o Mundo a tremer
Há que diga que a crise é má
Não podem tanto amealhar
A crise ao pobre não dá
Posses para poder ganhar
Temos os mesmos desgostos
Isto cada vez está pior
Se não fugissem aos impostos
O País estaria melhor
Eu com a crise me empenho
Só me tem dado prejuizo
Com a idade que eu tenho
Já não tenho o que é preciso.
Autor Jaime S: Guerreiro
18/7/2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O SOL
Ó sol que nasces e te pões
Queimas pedras e torrões
Bendito sol ardente
O teu calor é muito forte
Queimas do sul ao norte
Deixas o país mais quente.
Ó sol tu és o reitor
A todos dás calor
A todos dás a vida
Sem o sol nada se cria
Sem o sol a terra é vazia
Com sol a terra é florida.
Só tu dás o calor
Só tu trazes o amor
E calor para toda a gente
Tu és a luz
A todos nos conduz
Tu és resplandecente.
Tu fazes sair o suor
Tu serves de cobertor
A qualquer um sem abrigo
Tu andas sempre quente
E aqueces toda a gente
Tu és um amigo.
Só tu alumias
Só tu tudo crias
Um calor tão profundo
Tu andas tão depressa
Não há nada que não aqueça
Quando dás a volta ao mundo.
JSGuerreiro
Queimas pedras e torrões
Bendito sol ardente
O teu calor é muito forte
Queimas do sul ao norte
Deixas o país mais quente.
Ó sol tu és o reitor
A todos dás calor
A todos dás a vida
Sem o sol nada se cria
Sem o sol a terra é vazia
Com sol a terra é florida.
Só tu dás o calor
Só tu trazes o amor
E calor para toda a gente
Tu és a luz
A todos nos conduz
Tu és resplandecente.
Tu fazes sair o suor
Tu serves de cobertor
A qualquer um sem abrigo
Tu andas sempre quente
E aqueces toda a gente
Tu és um amigo.
Só tu alumias
Só tu tudo crias
Um calor tão profundo
Tu andas tão depressa
Não há nada que não aqueça
Quando dás a volta ao mundo.
JSGuerreiro
domingo, 16 de maio de 2010
O ceguinho
O proprio autor
cegou duma vista
aos quatro mezes.
2004 cegou da outra
Foi operado, hoje já vê.
Mas só de uma vista.
Olho para o espelho
E não me vejo
Não tenho amor
Não sinto desejo
não sei quem sou
nem de onde venho
nem para onde vou
não vejo os gestos dos meus braços
não vejo as marcas dos meus passos
não vejo a luz da lua
não vejo o barco que flotua
não vejo a sombra das árvores
essa sombra transparente
minha visão está ausente
sinto esta dor no coração
agarrei-me á oração
e a tudo quanto é crença
pedi ao médico e á ciencia
também pedi a deus
pedi a amigos meus
que me dessem um conselho
e agora já vejo
quando olho para o espelho
cegou duma vista
aos quatro mezes.
2004 cegou da outra
Foi operado, hoje já vê.
Mas só de uma vista.
Olho para o espelho
E não me vejo
Não tenho amor
Não sinto desejo
não sei quem sou
nem de onde venho
nem para onde vou
não vejo os gestos dos meus braços
não vejo as marcas dos meus passos
não vejo a luz da lua
não vejo o barco que flotua
não vejo a sombra das árvores
essa sombra transparente
minha visão está ausente
sinto esta dor no coração
agarrei-me á oração
e a tudo quanto é crença
pedi ao médico e á ciencia
também pedi a deus
pedi a amigos meus
que me dessem um conselho
e agora já vejo
quando olho para o espelho
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