domingo, 29 de maio de 2011

Amizade na internet

Minha querida. Quem é você?
Onde está?
Não a vejo?
E eu que tanto desejo
De a ver a meu lado
Estarei eu apaixonado
Será ilusão
Pobre do meu coração
Ele me está enganando
Meus pensamentos estão voando
Num horizonte incerto
Na internet estamos mais perto
Mas você está invisível
Ver você não é possivel
Parece que me está olhando
Nós nos estaremos amando
Beijar você não concigo
Esses seus labios risonhos
Um poeta só tem sonhos
Merece ter um castigo
Meu Deus vem me perdoar
Mas se você, não me quiser amar
Deixe-me ser seu amigo

Autor Jaime S. Guerreiro
29/4 / 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A minha cozinheira

Eu sou poeta tu cozinheira
Qual dos dois tem mais valia
Tu na cozinha és a primeira
Enquanto eu só faço poesia

Eu para ti faço um fado
Dedico-te uma cantiga
Enquanto vais ao super mercado
E enches a despensa de comida

Pego na caneta e no papel
Enquanto tu pões a mesa
Eu faço cantigas a granel
E tu um cozido á Potuguêsa

Faço esta linda poesia
Para ti ó minha amada
Enquanto vais á peicharia
Comprar peixe para a caldeirada

Faço um poema a uma janela
Faço um fado á Madragoa
Enquanto pegas na panela
E fazes aquela sopa tão boa

Ao som desta canção
Nunca temos desacatos
Em nós não há descussão
depois lavamos os pratos

Autor Jaime S. Guerreiro
6/4/2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Recordar

Recordação traz saudade
Vamos esquecer a amargura
para todos a amizade
Que em mim sempre perdura

São as lagrimas da tristeza
Que nós queremos esquecer
Alegria e muita firmeza
É isso que nos faz viver

Não é nos sonhos do além
Que se encontra a amizade
É na vida de quem faz bem
Que encontra a felicidade

Se a nossa alma existe
E se formos salvos por Deus
Não há razão para ficar triste
Quem não tem pecados seus

O carinho e afeição
É tudo na nossa vida
Ter sempre bom coração
Não ter a esperança perdida

Por o qual viemos ao mundo
Deus nos fez á sua imagem
Da terra sou oriundo
E a vida é uma passagem

Autor Jaime S. Guerreiro
17/3/2011

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eu amo as duas

Qual é o Homem que não
tem hoje duas mulheres?

Sou pessoa de respeito
Quero ser respeitado
Não me podem pôr defeito
Por outra estar apaixonado

Minha esposa tanto me ama
Disso me tem dado prova
Eu já deitei na minha cama
A minha amada mais nova

Á mais nova lhe dou dinheiro
Compro-lhe o melhor vestido
Para mim está sempre primeiro
Dela não tiro o sentido

Faço a minha obrigação
Amo a minha esposa querida
Mas a outra é a minha paixão
Por ela dou a minha vida

Dois amores dois desejos
Minha vida duas amantes
Á mulher lhe dou beijos
E á mais nova dou brilhantes

Dou-lhe tudo o que ela quer
No corpo dela tudo brilha
A mais velha é minha mulher
E a mais nova é minha filha

Autor Jaime S. Guerreiro
8/12/2010

domingo, 14 de novembro de 2010

O BOCAGE


Comprou um corte de fazenda
Do tecido mais barato
Esperou pela ultima moda
Para mandar fazer o fato.

Andou com a peça ás costas
Para toda a gente ver
Até faziam apostas
Que o fato não se iria fazer

Entrou em varias reuniões
Sobre o fato houve debate
Arranjou sempre soluções
Por não haver alfaiate

Setubal era a terra dele
Toda a gente o adorava
Todos se riam com ele
Das piadas que ele contava

Os anos foram passando
Com o fato por fazer
Sempre com a peça ás costa
Esperou pela ultima moda, até morrer.

Autor Jaime S. Guerreiro 14/11/2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Solidão

Sinto-me tão sizinha
Sem ter uma companhia
Nem tenho uma vezinha
Perdi toda a minha alegria

Perdi meu pai e minha mãe
Perdi minha irmã e irmão
Eu já não tenho ninguem
Vivo na solidão

Já tenho oitenta anos
É o tempo que já vivi
Os anos foram passando
Mas o tempo eu nunca vi

Muita coisa por mim passou
Tristezas e alegrias
Mesmo assim como sou
Ainda gosto de fulias

Só o amor da minha vida
Sabia aquilo que eu sou
Hoje sinto-me perdida
Esse amor Deus mo levou

Tudo isto foi passando
É o destino da natureza
Hoje vivo pensando
Na solidão e na tristeza

Autor Jaime S. Guerreiro
1/11/2010

domingo, 24 de outubro de 2010

Desgarrada Saloia


Lavadeira de Caneças e o Saloio da Malveira
Já há muito tempo que se olhavam, sempre na mira um do outro, mas sempre com vergonha, um dia encontraram-se e lá vai disto, começaram na desgarrada, que acabou em casamento,

Ela
Venho agora da ribeira
É o meu tanque preferido
Por ser sempre lavadeira
Ainda não arranjei marido
Ele
Ó minha carinha marota
Ouça lá o que lhe digo
Se não quer lavar mais ropa
Você pode casar comigo
Ela
Ó seu saloio baboso
Não tenha ilusão
O senhor é tão idoso
Já não tem comichão
Ele
Mesmo com oitenta anos
Case comigo minha querida
Eu não lhe causo danos
Ainda tenho muita vida
Ela
Casar consigo era bom
Só se for pelas notas
Digo-lhe em bom tom
Já não pode com as botas
Ele
Ó menina tenha piedade
A aparência não diz nada
Mesmo com a minha idade
Você pode ficar cansada
Ela
É uma fartada de rir
Eu sou uma moça nova
Nem para a cama podes subir
Estás com os pés para acova
Ele
Casa comigo amorzinho
Faz a minha felicidade
Dá-me amor e carinho
Já pósso morrer á vontade
Ela
Ó amor tu és um santo
Eu até não tenho inveja
Dás-me as contas do banco
Podemos ir já á Igreja
Ele
Dou-te tudo o que tu quiseres
Promete casar comigo
Se falhar o que tu queres
Posso pedir a um amigo
Ela
Isso aí é um perigo
Também um grande sarilho
Mesmo assim caso contigo
Se ainda me deres um filho
Ele
Tratamos do casamento
E não fugimos á letra
Ainda te dou um rebento
Nem que seja proveta
Ela
Agora somos casados
Como vez não houve enganos
Ficaram todos admirados
De sermos felizes muitoa anos
Ela e ele
É a lavadeira de Caneças
É o Saloio da Malveira
Fizeram as suas promessas
Para a sua vida inteira.

Autor Jaime S. Guerreiro
24/10/2010